Carnaval insosso

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Carnaval barreirense – 2024

 Muitos seguidores, desde a manhã de ontem, perguntam-me sobre o carnaval e compara-o aos muitos que aqui já vi e participei, desde o ano de 1976, quando cheguei nesta cidade.

Não é uma pergunta de difícil resposta. Antes de responde-la, porém, tomei o cuidado de conversar com muitas pessoas, principalmente os barraqueiros e foliões em geral, a maioria deles externando desapontamento pelo modelo do Carnaval do corrente ano, recém findo.

Diz a maioria, em sua quase totalidade, que faltou muita coisa para que a festa caísse no agrado do povão, vez que muitos ingredientes deixaram de ser adicionados e, principalmente, pelo o espaço mais do que exíguo para movimentação dos foliões.

Está quebrada, pois, uma tradição que vinha sendo mantida há muitos anos, que nos credenciava como uma cidade propícia para assistirmos e participarmos da nossa maior festa popular.

Contávamos com um espaço invejável para juntarmos todos os ingredientes necessários para o desenrolar dos trios elétricos, foliões, barracas, arquibancadas, camarotes, etc. ou seja: ingredientes difícil de encontrarmos noutra cidade.

Que nos desculpe nosso prefeito, a desistência de promover o Carnaval como vinha sendo praticado, foi o chamado “tiro no pé”.

A economia a ser feita para obras não concluídas, também não nos convence. Sem a festa, é difícil termos uma ideia do prejuízo de boa parcela da nossa sociedade, que deixou de faturar com atividades a ela ligadas, como hotéis, comércio em geral, restaurantes, bares, taxis, músicos, blocos carnavalescos, lojas de conveniência, negócios imobiliários, guias turísticos e, também, a costumeira recepção da família barreirense, sem contarmos com as manhãs de quebra ressaca no Rio de Ondas, tão ao gosto dos que costumam nos visitar.

Achamos, pois, que em muitas ocasiões a chamada economia nos traz embaraços outros, assim como diz um velho adágio: “a pressa é inimiga da perfeição”.

Sem o Carnaval, a população já pensa que no próximo ano tenhamos um gestor que pense diferente, e propicie também momentos alegres aos seus súditos.

A frustração de agora, sem nenhuma dúvida, será dissipada no ano de 2025.

Itapuan Cunha  –  Editor

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