Tarcísio mobilizará bancada paulista para impedir medida da reforma tributaria

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No entanto, Tarcísio tem enfatizado que não é contra a reforma e que concorda com outros aspectos da proposta que, no passado, foram objeto de contestação por parte da administração paulista.

Tarcísio tem enfatizado que não é contra a reforma e que concorda com outros aspectos da proposta que, no passado, foram objeto de contestação por parte da administração paulista. Foto: reprodução do canal Money Reports.

Isabella Soares

O governo de São Paulo estabeleceu uma posição contra o conselho federativo, que será criado na reforma tributária, e de acordo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), irá mobilizar a bancada de deputados federais paulistas para tentar impedir a medida.

O colegiado é um dos fundamentos da reforma tributária, de acordo com a equipe responsável pela reforma no Ministério da Fazenda, pois permite o pagamento dos créditos tributários acumulados ao longo da cadeia produtiva. A reforma adota o princípio da “não comutatividade plena”, ou seja, o imposto é pago uma vez e deduzido nas etapas subsequentes da produção.

Durante um evento em Lisboa, Tarcísio manifestou veementemente sua objeção a que os tributos pagos dentro de São Paulo sejam destinados ao comitê. Em uma reunião com governadores na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na semana passada, ele já havia expressado sua discordância, alegando o receio de perder o controle da arrecadação em seu próprio território. Além de São Paulo, Goiás e Pará também se opõem à centralização.

O impasse intensificou-se nesta semana quando Tarcísio, em Portugal, declarou que mobilizaria a bancada paulista na Câmara para enfrentar essa questão. São Paulo possui a maior bancada de deputados federais, com 70 membros, e os interesses regionais prevalecem sobre as diferenças partidárias no contexto da reforma tributária.

No entanto, Tarcísio tem enfatizado que não é contra a reforma e que concorda com outros aspectos da proposta que, no passado, foram objeto de contestação por parte da administração paulista. O principal deles é a mudança na cobrança do imposto de origem (onde o bem ou serviço é produzido) para o destino (onde é consumido).

Nesta terça-feira (27), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma na Câmara, foi informado de que São Paulo pretende apresentar uma contraproposta até a semana que vem e não tem intenção de obstruir a reforma.

DIÁRIO DO PODER

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