O EMINENTE E A IMINÊNCIA

Destaque

Essa ideia surgiu de uma justa e oportuna correção de meu nobre colunista, ao proceder a revisão de algumas de minhas matérias. Andei confundindo a etimologia das palavras. Seja porque sou avesso aos elogios e muito atento às críticas. A primeira massageia nosso ego a segunda, arde, incomoda, mas nos faz melhores. Em homenagem ao Mestre Itapuan Cunha, meu querido e competente corretor, escrevi essas linhas.

Então, sem mais delongas, vamos a ela. Mesmo sendo o mais odiado dos brasileiros, essa personagem é um ministro e, como tal, deve ser tratado até como eminência. O correto seria vossa excelência, ou melhor, meritíssimo juiz. Porém, mesmo tentando por duas vezes, ele não conseguiu ter competência para tanto. Observem que todos os tratamentos acima estão escritos com letras minúsculas, razão porque esse traste não merece dos brasileiros consideração maior. 

Sem sequer um voto popular, ele alcançou esse poder através da amizade com um presidente, que antes de ser deposto prometia para o Brasil caçar marajás. Nem maracujás conseguiu, mas deixou no supremo a semente da erva mais daninha que se possa conceber.

Em razão disso, hoje a justiça não é mais cega. Ela tem levantado a venda por inúmeras vezes e tem trocado “alhos por bugalhos”. Tudo ao arrepio completo da Lei. Ação direta e monocrática desse eminente ministro, ungido por um poder antes inimaginável. Senhor dos ares, dos mares e das terras, feito um deus grego da modernidade.

O Olimpo em que vive cercado de ninfas e eunucos tornou-se uma fortaleza quase inexpugnável. Digo quase, pois na arapuca do 8 de janeiro foi depredada de dentro para fora. A CPI já deixou isso bem claro.

Dito isso eminência, a iminência de um impeachment ou a própria Justiça Divina, podem tardar, mas não falham.

Guto de Paula

Redator da Central São Francisco de Comunicação Divulgado pelo Blog do Itapuan, Facebook, Youtube, Zap e por todos os que lutaram pelo

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