Maia descarta tese de Eliziane: ‘se querem CPMI para discutir joias, façam outra’

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O presidente da CPMI afirma que ninguém em juízo perfeito vai imaginar que o Bolsonaro estava mandando pix para patrocinar a invasão ás sedes dos Três Poderes

A declaração do parlamentar veio nesta quarta-feira (23).Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados.

Mael Vale

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, deputado federal Arthur Maia (União-BA), afirmou que não vai trazer para o colegiado as investigações do caso das joias sauditas que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“Se querem uma CPMI para discutir joias, que façam outra […]. Essa CPI não vai adentrar em questão de corrupção, de venda de joias, porque isso não está relacionado com o 8 de janeiro”, declarou o parlamentar nesta quarta-feira (23), após encontro com o comandante do Exército no quartel-general da corporação.

A afirmação de Maia se dá após insistência da relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que defende aprofundar a investigação sobre as joias na CPMI. Eliziane já afirmou que não descarta a ligação do caso com atos do 8 de janeiro, além de querer a quebra de sigilos bancário de Bolsonaro e Michelle.

O presidente do colegiado descartou completamente a tese defendida pela relatora sobre o ex-presidente.

“Será que alguém aqui em juízo perfeito vai imaginar que o presidente Bolsonaro estava lá mandando Pix da conta dele para patrocinar invasão do Palácio do Planalto no 8 de janeiro? Obviamente, que não. A não ser que chegue na CPI uma vinculação que possa demonstrar que havia algum tipo de ação desta natureza, eu não vejo sentido para você quebrar sigilo apenas porque é o (então) presidente da República”, afirmou Arthur Maia.

DIÁRIO DO PODER

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