Giovanna Soares
Mais de duas décadas se passaram desde que surgiu possibilidade única de o Brasil investir recursos internacionais no Pantanal. Assinado em 2001 pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e pelo então governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, o Programa Pantanal não saiu do papel. Os projetos foram anunciados, à época, como algo grandioso, que mudaria os destinos desse bioma no país.
O programa previa investimentos de 400 milhões de dólares, o equivalente a R$ 2 bilhões na cotação atual, em obras e ações de proteção, preservação e desenvolvimento sustentável do bioma.
Em 2023, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a retomada do programa, financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em meio ao descontrole dos gastos públicos, cujo rombo deve fechar o ano perto de R$ 100 bilhões.
O Ministério de Orçamento e Planejamento e o de Agricultura e Pecuária (MAPA) receberam incumbência de reformular a proposta de financiamento do programa, rebatizado de BID Pantanal. O Ministério do Meio Ambiente que, no primeiro governo de Lula fez objeção a pontos do contrato de empréstimo, dessa vez ficou de fora das negociações e formatação dos projetos.
Os governos de MS e MT têm até este mês de novembro para encaminhar os projetos ao Ministério do Planejamento. Em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado elegeu a recuperação do Alto Taquari para aplicação do dinheiro que vier do BID. Para outras ações no Baixo Pantanal, a ideia é investir recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
DIÁRIO DO PODER