Dengue: Em dois meses, 2024 já supera o número de casos do ano anterior

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São mais de 1,6 milhão de infectados, 513 óbitos confirmados e outros 903 em investigação, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde

Dengue - (crédito: Secretaria de Saúde do RJ/Divulgação)

Dengue – (crédito: Secretaria de Saúde do RJ/Divulgação)

Em apenas dois meses e meio, o Brasil ultrapassou o número de casos de dengue verificado em todo o ano de 2023. Ao todo, são mais de 1,68 milhão de infectados, 513 óbitos confirmados e outros 903 em investigação. Os dados são do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, atualizado ontem.
“Essa é uma medida preventiva, de caráter excepcional. O estado tem realizado um grande esforço para reduzir o número de casos da doença, tanto em aporte financeiro como em apoio especializado aos municípios. O decreto permite reforçar essas ações, somando mais forças no combate à dengue”, afirmou o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto. A medida tem duração de 90 dias e irá reforçar as medidas de combate ao Aedes aegypti.
O Paraná é o nono estado a publicar o decreto e foi o último entre as unidades da Federação que estão no nível mais grave de incidência da doença no ranking nacional — acima de 500 casos por 100 mil habitantes. O Distrito Federal lidera a lista, com 5.043 infectados, e na sequência estão Minas Gerais (2.809), Espírito Santo (1.730), Paraná (1.375), Goiás (1.337), Rio de Janeiro (804), Acre (783), São Paulo (694) e Santa Catarina (634) — todos decretaram epidemia da doença desde o início do ano. Há ainda o Amapá (352), que declarou emergência apenas na cidade de Oiapoque, mas, ao todo, 288 municípios estão em alerta para a dengue.
Pico da doença
O pico da infecção no país, geralmente, ocorre entre março e abril. Porém, neste ano, algumas regiões apresentaram aumento acentuado já em janeiro. Conforme a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, o Ministério da Saúde prevê que, nas próximas semanas, as unidades da Federação que registraram alta mais cedo — casos de Minas Gerais e Distrito Federal —, sofrarão uma queda tão acentuada quanto a alta no número de registros. Outros como São Paulo e Santa Catarina, que começaram a contabilizar o aumento no número de infectados recentemente, podem demorar para diminuir a incidência.

 

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