Cotada para Caixa é autora da ‘emenda Mercadante’, que jogou no lixo a Lei das Estatais

Destaque

Ex-deputada Margarete Coelho é cotada para a Caixa Econômica Federal Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Cláudio Humberto

A Caixa Econômica Federal deve ser parte integral do pacotão de cargos que o governo Lula (PT) negocia com o centrão em troca de apoio no Congresso. O banco, presidido por Rita Serrano, vai abrir espaço para acomodar o PP, um dos maiores partidos da Câmara dos Deputados. A candidata mais cotada é Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae, e ex-deputada autora da “emenda Mercadante”, que praticamente revogou a Lei das Estatais para permitir a indicação do petista à presidência do BNDES. A Lei proibia por três anos a nomeação de políticos para cargos de direção, para proteger as empresas e os cofres públicos.

‘Contorno

A emenda permitiu que o presidente Lula (PT) afrouxasse a quarentena imposta a políticos para presidência ou direção de empresas públicas.

Agradou

Coelho agrada a bancada do PP na Câmara, além do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), colega desde os tempos de Parlamento.

Aliados

No governo, Margarete não deve sofrer resistências. Transita bem até entre governistas, como Marcelo Freixo (PT), hoje chefe da Embratur.

Outro plano

Além da ex-deputada Margarete, o PP considera como opção Danielle Calazans, secretária de Planejamento do Rio Grande do Sul.

Maioria é contra Estado e big techs regularem redes

Pesquisa do Instituto Sivis divulgada na segunda-feira (14) aponta que a maior parte da população brasileira discorda da regulação dupla das redes sociais, tanto pelo Estado, quanto pelas empresas conhecidas como “big techs”: 41,7% se dizem a favor, enquanto 58,3% acreditam que a regulação deve ser feita apenas pelas empresas (17,1%) ou pelo governo (10,4%), ou não deve haver regulação (30,8%). Entre os parlamentares ouvidos, só 29,5% concordam com a regulação dupla.

Um ou outro

Entre membros do Congresso, 21% afirmam que apenas empresas deveriam regular conteúdos; para 2,9%, só o Estado regularia o setor.

Muitos não sabem

Para 29,5% dos parlamentares brasileiros, a regulação das redes sociais não deveria existir e outros 17,1% não sabem ou não responderam.

Percepção

A pesquisa “Percepções sobre Liberdade de Expressão – População e Congresso” ouviu 1.128 brasileiros entre maio e junho deste ano.

Nocivo

O ministro aposentado Marco Aurélio Mello (STF) disse à coluna que decisão do STF sobre indenização imposta a veículo de comunicação por veiculação de entrevista que incomodou o ex-deputado Zarattini Filho (PT-SP), viola a liberdade de expressão e é nociva à “sofrida República”.

Outro olhar

A vitória de Javier Milei nas primárias da eleição presidencial da Argentina chegou a ser defendida por autoridades brasileiras, de políticos do Novo e PL ao União Brasil e MDB etc. Já as manchetes…

Fora, mas…

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima cassou o governador Denarium (PP), que este ano ainda emplacou a esposa no Tribunal de Contas estadual. Mas Denarium fica no cargo até recurso julgado pelo TSE.

Fogo na direita

Para Ricardo Salles (PL-SP), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, (MDB), tentou cooptar o PL para riscar o deputado da disputa de 2024: “Sabe que se eu concorrer ele não vai nem para o segundo turno”.

Turbulência

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), foi acomodada ao lado da deputada Júlia Zanatta (PL-SC), em voo. Pediu para chamar a Polícia Federal após passageira tirar foto com Zanatta e vociferar críticas ao PT.

Incomoda

O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) diz que as trocas de deputados na CPI do MST são manobras do Planalto para “destruir e desmantelar a CPI”. O governo entrou em ação para defender criminosos, diz ele.

Sem nexo

Lulistas tentaram enxertar as joias sauditas presenteadas a Bolsonaro na CPMI do 8 de Janeiro, sem sucesso. O presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), diz que sequer vai pautar requerimentos sobre o assunto.

Casa do Povo

Em campo para supostamente articular a aprovação do novo fiscal de Lula, Fernando Haddad (Fazenda) criticou a Câmara, que “está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar…”, diz.

Pensando bem…

…a Fazenda do ministro não planta nada.

PLENO.NEWS – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO

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