Companhia elétrica de Vila Velha tenta proibir venda e distribuição de aparelho para moradores e empresas

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De acordo com a companhia, o aparelho estaria gerando prejuízo milionário aos cofres da instituição; moradores criticam decisão.

Uma companhia elétrica de Vila Velha está tentando, através da justiça, proibir a comercialização de um aparelho chamado Energy Fix. De acordo com a companhia, o aparelho estaria gerando um grande prejuízo aos cofres da instituição.

O motivo do prejuízo seria a redução coletiva no consumo de energia local, o que estaria reduzindo a arrecadação da companhia.

“A adesão em massa dos moradores de Vila Velha ao dispositivo em questão, está reduzindo nossa arrecadação de forma brusca, o que pode acabar prejudicando a distribuição de energia futuramente”, explica Marcelo Leme, porta-voz da empresa.

A empresa alega que a redução repentina na arrecadação pode prejudicar a operação de distribuição de energia na região, e prejudicar o fornecimento futuro.

Apesar dos esforços para travar a comercialização do aparelho, a companhia admite que há grande chance de perder a ação e ter que adaptar as contas para a nova realidade na região.

Moradores contestam ação movida pela companhia

Moradores da região, que utilizam o Energy Fix em suas residências, contestam a decisão da companhia elétrica de tentar proibir as vendas do aparelho através da justiça.

De acordo com os moradores, o dispositivo está reduzindo o custo das contas de energia das casas sem utilizar nenhum meio ilegal, e isso teria irritado acionistas da companhia, que viram seus lucros despencarem.

“Os acionistas da companhia não gostaram nada quando descobriram que havíamos reduzido nossas contas de energia quase que pela metade, por isso estão desesperados e tentando nos impedir de utilizá-lo”, afirma Luciana Rabelo, moradora da região.

Apesar da ação movida na justiça, o aparelho segue sendo amplamente utilizado na região e em acelerada expansão pelo Brasil.

Aparelho pivô de disputa teve origem no Uruguai

O aparelho que originou toda essa disputa judicial foi desenvolvido na América do Sul, mais precisamente no Uruguai. Conceituado e fabricado por engenheiros do país, o aparelho rapidamente fez sucesso entre os uruguaios e se popularizou entre outros países.

Pouco mais de 1 ano após o seu lançamento, o aparelho chegou em continente europeu, e rapidamente fez sucesso em países como a Holanda, Alemanha e Rússia Ocidental.

Concorrendo a diversos prêmios de sustentabilidade e inovação pelo mundo, o Energy Fix chegou ao Brasil no segundo semestre de 2023 e passou a ser produzido em São Bernardo do Campo, local onde foi inaugurada a primeira fábrica da empresa este ano.

Juristas analisam ação movida por companhia elétrica

Consultamos alguns juristas para entender melhor a ação movida pela companhia elétrica e os seus efeitos acerca da utilização do Energy Fix.

Carlos Souto, advogado especializado em relações comerciais e direito do consumidor, fez uma análise sobre a ação movida pela empresa no último mês e afirmou que dificilmente este tipo de processo resulta em uma decisão efetiva do judiciário.

“Analisando a ação de forma imparcial é possível notar várias inconsistências e inconstitucionalidades, coisas que vão contra a nossa constituição e que dificilmente acarretarão em uma decisão favorável a companhia elétrica”, afirma Carlos.

Ainda de acordo com Carlos, este tipo de ação tem como principal objetivo inibir a utilização do aparelho por populares.

“Vejo com principal objetivo desta ação inibir a utilização do aparelho por populares através do medo, já que o aparelho não utiliza nenhum meio ilegal para reduzir o consumo de energia”, reitera Carlos.

Até a data de edição deste editorial, a comercialização do Energy Fix continua sendo permitida e sem nenhum tipo de embargo judicial.

Empresa comenta sucesso e expectativas para 2024

A Energy Solutions LTDA, empresa responsável pela fabricação do Energy Fix no Brasil, comentou sobre a polêmica envolvendo o aparelho, o sucesso repentino do dispositivo e as expectativas para o ano de 2024.

De acordo com Bruna Calisto, gerente de marketing e comunicação da empresa, a polêmica envolvendo a companhia elétrica não afetou a produção ou as vendas do aparelho no Brasil, e o efeito foi justamente o contrário.

“A polêmica não interferiu nas vendas do Energy Fix aqui no Brasil e o efeito foi justamente o contrário. Tivemos um aumento extraordinário após toda essa história”, afirma Bruna.

Bruna explicou também como o sucesso instantâneo do Energy Fix impactou na logística da empresa em solo brasileiro.

“Tínhamos uma operação modesta no Brasil e de repente tivemos que expandir todos os setores da nossa empresa para atender a demanda. Foi algo que não esperávamos. As expectativas são as melhores possíveis para 2024 e já estamos negociando com 3 outras fábricas pelo Brasil”, explica Bruna.

Recentemente a empresa expandiu seu setor de logística e firmou parcerias para atender a consumidores de todas as regiões do Brasil.

Ainda sem pontos de comércio físico, o dispositivo original é comercializado exclusivamente através do site oficial do Energy Fix (www.energyfix.tech) e é entregue para todas as regiões do país.

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