Os servidores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) iniciaram, nesta terça-feira (6), uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi anunciada pelo Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sintaj), que aponta uma defasagem salarial acumulada de 62% nos últimos 10 anos.
Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial, que não é aplicado há mais de oito anos, e a tramitação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que prevê a recomposição de 53,3% das perdas inflacionárias.
“São oito anos que a gente não tem reajuste linear e de inflação. Não se trata de aumento, mas simplesmente cobrir a inflação. Como a gente percebe, ela corrói o salário”, afirmou Danilo Bruno Oliveira, secretário da 3ª Vara de Vitória da Conquista.
Durante o movimento grevista, os servidores asseguram a manutenção dos serviços essenciais, como decisões judiciais relacionadas a saúde, fornecimento de energia elétrica e abastecimento de água. Atendimentos urgentes e emergenciais continuam sendo realizados.
Segundo o sindicato, diversas reuniões foram realizadas com o TJ-BA nos últimos meses, mas as reivindicações da categoria seguem sem resposta. A paralisação será mantida até que haja avanços concretos nas negociações.