Camile Soares
As lideranças do PP e do União Brasil manifestaram, nesta quarta-feira (11), em oposição às propostas do governo federal para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
As siglas anunciaram que irão se reunir para fechar questão “contra qualquer proposta de aumento de imposto que não venha acompanhado de uma vigorosa lista de cortes e desperdícios.[..] Só aceitaremos examinar qualquer discussão fiscal se a coluna de despesas estiver no centro do debate. Pelo bem Brasil, pelo bem dos brasileiros.”
O posicionamento foi anunciado em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados, com a presença dos presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do União Brasil, Antonio Rueda, além de parlamentares das duas legendas.
Em discurso, Rueda criticou a estratégia do governo de ampliar impostos como solução para o equilíbrio fiscal.
“Taxar, taxar, taxar, não pode e não será nunca a saída. É preciso cortar despesas […] Se o governo não assumir sua parte e apresentar propósitos reais de enxugar essa máquina pesada e pouco eficiente, nós não vamos aceitar entregar essas contas ao brasileiro”, afirmou.
A medida de “fechar questão” obriga que os parlamentares das siglas votem de maneira unificada. Atualmente, PP e União Brasil somam 109 deputados e 14 senadores, representando uma parcela significativa do Congresso.
Além da rejeição ao aumento de tributos, Nogueira declarou que, com a oficialização da federação entre os dois partidos, irá propor o desembarque das siglas do governo.
Atualmente, o PP comanda o Ministério do Esporte, enquanto o União Brasil indica os chefes das pastas de Comunicações, Turismo e Integração e Desenvolvimento Regional.
DIÁRIO DO PODER