Camile Soares
A Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (27), mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares no âmbito de uma investigação que apura uma fraude milionária contra a Caixa Econômica Federal e seus clientes.
A operação foi autorizada pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal e busca aprofundar a coleta de provas por meio de buscas domiciliares e pessoais, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático, além do sequestro de bens.
O foco desta terça-feira foram nos chamados “conteiros”, indivíduos que abrem contas bancárias e, posteriormente, as vendem para que sejam utilizadas por estelionatários como contas laranja, destinadas ao recebimento de valores oriundos de golpes.
“Este ‘lucro fácil’, com a mercantilização de abertura de contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos”, explica a PF.
As apurações tiveram início após uma investigação interna da própria instituição financeira e apontam um empregado da Caixa como principal suspeito.
Ele teria movimentado valores via PIX, sem autorização dos clientes, gerando um prejuízo comprovado de R$ 11.111.863,13.
“Há indícios de uso de contas de terceiros para ocultar os valores, além da destinação de recursos a sites de apostas”, diz a PF em nota.
Os crimes investigados incluem furto mediante fraude eletrônica, peculato-furto e lavagem de dinheiro.
A ação ocorreu de forma simultânea à operação “Não Seja um Laranja DF e GO”, coordenada em parceria com as Polícias Civis do Distrito Federal e de Goiás, com foco no desmantelamento de esquemas de fraudes bancárias eletrônicas.