Rodrigo Vilela
A Justiça Eleitoral de São Paulo manteve a inelegibilidade de Pablo Marçal por oito anos, rejeitando mais um recurso apresentado por sua defesa. A decisão foi proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.
Marçal, influenciador digital e empresário, foi condenado por abuso de poder econômico durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024. Entre as irregularidades apontadas, destaca-se o pagamento a seguidores para a produção de cortes de vídeos promocionais, prática considerada ilegal pela legislação eleitoral. O próprio Marçal admitiu, em entrevista, ter oferecido dinheiro por esses serviços: “Cê entra no meu sistema de corte, pega só o que eu falo… Quer ganhar dez conto, vinte conto? Eu tô pagando em dinheiro”.
Além disso, Marçal já havia sido condenado anteriormente, em fevereiro de 2025, por abuso de poder político, econômico, uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de recursos. Na ocasião, foi apurado que ele oferecia apoio político a candidatos a vereador em troca de doações via Pix no valor de R$ 5 mil, conforme divulgado em vídeos nas redes sociais.
Com as duas condenações, Marçal permanece inelegível até 2032.
DIÁRIO DO PODER