Mael Vale
O líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou nesta segunda-feira (9) que o julgamento sobre o suposto plano de golpe de Estado em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo, se trata de um inquérito “atípico”.
Marinho destacou ainda que o ex-presidente está “muito tranquilo em relação ao que fez” porém, “não está tranquilo, evidentemente, com o comportamento do Judiciário”.
“Eu tenho ouvido pré-julgamentos, nós temos ouvido ministros que irão julgar o presidente falarem fora dos autos a respeito do que vão julgar. Nós sabemos que a forma como está se dando esse julgamento é completamente atípica. Pela primeira vez nós estamos vendo um presidente, depois em 1985, que é julgado pelo Supremo Tribunal Federal e não pela primeira instância como aconteceu com os outros. Houve uma mudança, inclusive, em 1923, que o presidente deveria ser julgado pelo Plenário”, declarou o senador em entrevista à CNN.
O parlamentar afirmou ainda que Bolsonaro está sendo julgado por uma “câmara de gás”.
“O regimento mudou, ele está sendo julgado por uma turma que hoje é literalmente uma câmara de gás. Nós temos lá o ministro Dino, que é um adversário público do presidente Bolsonaro, inclusive tem ações, uma ação contra ele. Ele devia se julgar impedido, chamou o presidente de serial killer”, destacou.
Marinho também alfinetou o presidente Lula (PT), ao afirmar que o petista mentir é “meio redundância”.
“Nós temos lá o Zanin, que é advogado particular, foi advogado particular do presidente Lula, mente durante o debate eleitoral dizendo que não iria indicar amigos próximos, e mente para a sociedade. Lula mentir é meio redundância a gente falar a respeito desse processo”.
Por fim, o senador destacou ainda que a população não acredita na imparcialidade do Judiciário brasileiro.
“Então nós estamos vendo aí uma situação em que há uma necessidade de termos confiança no Judiciário. Não estou falando sobre o mérito que eu acredito no presidente Bolsonaro, mas estou falando da forma como o julgamento está se dando, que gera muita desconfiança na sociedade brasileira como um todo. Então a gente precisa voltar a acreditar na imparcialidade do Judiciário brasileiro”, concluiu.
DIÁRIO DO PODER