Conclave começa nesta quarta (7); novo papa pode ser eleito nos próximos dias

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O conclave para eleger o novo papa da Igreja Católica começa nesta quarta-feira (7), com o isolamento dos cardeais eleitores na Capela Sistina, no Vaticano. O processo segue rituais seculares e deve durar dias, até que um dos cardeais atinja dois terços dos votos e uma fumaça branca anuncie sua eleição.

A cerimônia tem início às 11h30 (horário de Brasília), com os cardeais entrando na capela, fazendo juramentos de sigilo e ouvindo um discurso introdutório. Na sequência, ocorre a primeira votação.

O conclave é realizado em total confinamento, em um processo que remonta ao século XIII, quando disputas prolongadas e interferências externas levavam anos para a definição de um novo pontífice. A palavra “conclave” deriva do latim cum clavis (“com chave”), referência ao isolamento absoluto dos participantes.

Durante o conclave, os cardeais não podem se comunicar com o mundo exterior, nem ter acesso à mídia ou a mensagens. O descumprimento dessas regras pode levar à excomunhão.

A votação é feita com cédulas de papel, nas quais os cardeais escrevem o nome do escolhido abaixo da frase em latim Eligo in Summum Pontificem (“Eu elejo como pontífice supremo”). Eles depositam os votos, dobrados, em um cálice sobre o altar. A eleição só é concluída quando um dos candidatos obtém dois terços dos votos.

Se nenhum nome atingir esse número na primeira rodada, outras votações ocorrem ao longo dos dias seguintes, com até quatro sessões por dia — duas pela manhã e duas à tarde.

Na quinta-feira (8), estão previstas novas sessões de votação. A primeira se encerra às 5h30, e uma eventual fumaça será emitida em seguida. Outras sessões estão marcadas para 7h, 12h30 e 14h, sempre com possibilidade de sinalização via fumaça, dependendo do resultado.

O processo de votação segue uma ordem rígida, iniciando pelos cardeais bispos, seguidos pelos presbíteros e, por fim, pelos diáconos — dentro de cada grupo, vota-se da maior para a menor senioridade.

O primeiro a votar será Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e considerado o “número 2” do papa Francisco. Também nas primeiras posições estão os cardeais Fernando Filoni, Luis Antonio Tagle, Robert Prevost e Louis Sako.

BAHIA,BA

 

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