Comandante da Marinha nega que força tenha planejado usar tanques para impedir poderes constitucionais

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Comandante da Marinha nega que força tenha planejado usar tanques para impedir poderes constitucionais

O comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, afirmou nesta sexta-feira (23) que a corporação nunca planejou colocar tanques nas ruas ou mobilizar tropas para impedir o funcionamento dos poderes constitucionais.

Olsen prestou depoimento como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, um dos oito réus do núcleo central da tentativa de golpe de Estado investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a audiência, o comandante foi questionado se, à época em que chefiava o Comando de Operações Navais, houve qualquer mobilização da Marinha para aderir ao plano golpista. “Em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para impedir os poderes constitucionais”, declarou.

Olsen também confirmou que não recebeu ordens de Garnier para usar tropas visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. Olsen assumiu oficialmente o comando da Marinha no atual governo, sem a presença de Garnier na cerimônia de passagem de cargo.

O depoimento de Olsen faz parte da fase de oitivas das testemunhas, que ocorre entre 19 de maio e 2 de junho. Encerrada essa etapa, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais réus do núcleo 1 — considerado o mais importante da trama golpista — serão chamados para interrogatório, ainda sem data definida.

Réus do núcleo 1

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente
  • Walter Braga Netto, general e ex-ministro
  • Augusto Heleno, general e ex-ministro
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator

TRIBUNA DA BAHIA

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