O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), declarou, ontem (16), que defende a reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao comando do governo. Ele também reafirmou seu interesse em disputar uma vaga no Senado nas eleições de 2026.
“Meu coração pede para o nosso grupo reeleger Jerônimo como governador. Meu nome está colocado para o Senado. Vamos conversar ainda. Política e eleições estão cada vez mais antecipadas e isso não é bom. Na regra formal, o ano par é o ano de eleição e o ímpar focado no trabalho. Digo sempre que 2025 é um ano de trabalho e entregas. Estamos com inflação em queda, preços de alimento caindo, emprego subindo”, disse o ministro.
Questionado sobre a posição do senador Angelo Coronel (PSD), Rui resumiu que o seu grupo político ainda vai debater a formação da chapa. “Nós vamos conversar muito até lá. Era para a gente conversar sobre isso somente em 2026. Ainda está longe para conjecturar sobre formação de chapa. Mas, como disse, estou focado em trabalhar e resolver pendências”, afirmou.
Ponte
Durante a entrevista, Rui Costa falou sobre o andamento da ponte Salvador-Itaparica. Segundo ele, a conclusão total da obra está prevista apenas para 2032, considerando que o início das intervenções deve ocorrer no primeiro semestre de 2026.
“Ali é um desafio de engenharia que não é pequeno. Ali é uma profundidade grande e, infelizmente, no meio, onde vão ficar os pilares centrados, onde tem um vão maior para os navios passarem por baixo, a rocha não veio de boa qualidade, portanto é um desafio ainda maior de engenharia. E, durante a construção, você tem que enfrentar tempos de mar, como agora está chovendo, está ventando, maré alta, maré forte, isso tudo você tem que enfrentar para construir. Então não é diferente construir uma obra em solo”, explicou, em entrevista à rádio Piatã FM.
A obra da ponte, alvo de críticas da população e da oposição devido à demora, teve início ainda na gestão de Jaques Wagner (PT), que governou a Bahia entre 2007 e 2015. “Wagner começou a fazer a concepção, o projeto inicial, os estudos iniciais, o licenciamento ambiental, e, em 2020, nós, depois de um processo de licitação, contratamos esse consórcio. Só que em 2020, todos estão lembrados, foi exatamente quando começou a pandemia. Então foi ali, naquele exato momento, paralelo ao início da pandemia, a assinatura do contrato”.
“E o mundo inteiro parou quase dois anos, ou um pouco mais de dois anos. A China fechou a entrada e saída de pessoas, portanto, esse projeto, e os grandes projetos no mundo inteiro, foram paralisados por conta dessa dificuldade, não só de saúde, mas a proibição de saída e entrada de técnicos e engenheiros, não só no Brasil, mas na China e em outros países”, justificou.
“Recentemente, com a ajuda técnica do TCE, nós conseguimos êxito em renegociar os novos parâmetros do contrato. E agora o consórcio assinou. Nós já avançamos na sondagem. Esse trabalho está concluído e agora, com a assinatura do contrato, vai ser elaborado o projeto executivo. O que é isso, Rui? Projeto executivo é um projeto detalhado. Por que não fez antes? Porque para fazer projeto executivo precisa saber em cada ponto qual a profundidade da rocha, qual o tipo da rocha. Isso tudo define um tipo de fundação, vai mudar o projeto”, completou.
TRIBUNA DA BAHIA