Cláudio Humberto
A coleta seletiva no Distrito Federal cresceu 222% nos últimos cinco anos, de acordo com o último Relatório Anual de Atividades do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), tendo sido recolhidas 58 mil toneladas de lixo reciclável no ano passado. Foram 18 mil toneladas em 2020.
A alta também é verificada no aproveitamento dos resíduos, impactando a geração de renda para os catadores e a redução de matéria prima retirada da natureza. A coleta seletiva é undamental para a preservação do meio-ambiente.
Segundo o levantamento, o índice chegou a 55% em 2024, enquanto há cinco anos era de 37%. Os materiais são separados por cooperativas em 15 pontos do SLU.
Para que os números sejam mantidos em alta, o SLU remodelou os contratos de triagem. O número de cooperativas atendidas pelo órgão passou de 20 para 31 neste ano, com participação de mais de 1.300 catadores. Houve, ainda, mudança nos pontos atendidos pela coleta seletiva porta a porta para abranger localidades que surgiram após a primeira licitação, como condomínios verticais.
“Os novos contratos pagam por produção, estimulando a reciclagem de todo e qualquer tipo de material, mesmo que esteja com preço baixo de mercado”, afirma o chefe da Unidade de Sustentabilidade e Mobilização Social do SLU, Francisco Mendes. “O intuito é estimular que os catadores reciclem o máximo possível. E, para isso, precisamos também da população, porque no momento em que os resíduos com potencial de reciclagem estão dentro do lixo convencional, perdem valor, prejudicando os catadores.”
DIÁRIO DO PODER
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