Governos Lula e Trump conversam sobre sanção a Alexandre de Moraes

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Itamaraty busca saída diplomática para crise política com EUA

O alto escalão dos governos Lula e Donald Trump iniciaram conversas após o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, confirmar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo de sanções pelo governo americano. A informação é da GloboNews.

No último dia 21, Rubio afirmou em audiência no Congresso americano que há “grande possibilidade” de o governo aplicar sanções contra Moraes com base na Lei Global Magnitsky. Essa lei permite punir estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção.

Bolsonaristas vinham tentando convencer o governo Trump de que várias decisões do ministro no Brasil afetaram cidadãos americanos nos EUA, como no caso da suspensão de perfis em redes sociais e na derrubada temporária do X, plataforma sediada no país e controlada por Elon Musk , assessor sênior de Trump na Casa Branca, em 2024.

A estratégia seria orquestrada em diferentes fases para tentar desgastar o Supremo e o Judiciário brasileiro para forçar um recuo por parte da Corte no julgamento contra Jair Bolsonaro nas investigações da trama golpista, além de criar o ambiente para a aprovação do projeto que visa anistiar os envolvidos nos ataques do 8 de janeiro.

A fala causou incômodo no Itamaraty, que vê na declaração uma tentativa de interferência nos assuntos internos do Brasil e uma afronta ao Judiciário nacional.

Segundo diplomatas ouvidos pelo canal, a relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos deve ser conduzida com pragmatismo, o que significa manter laços comerciais e diplomáticos sólidos mesmo diante de divergências políticas.

De acordo com a jornalista Daniela Lima, em seu blog no portal G1, um integrante do STF, sob condição de anonimato, indicou que a postura adotada por Eduardo Bolsonaro (PL) gerou um clima de ‘solidariedade’ com Alexandre de Moraes, relator do processo do 8 de janeiro.

“Eles não entendem que o que sinalizam é, obtendo uma punição a você pelo exercício do trabalho, sinalizam que amanhã o mesmo pode ser feito contra cada um de nós”, afirmou um dos magistrados.

Vale lembrar que Lula declarou apoiou Kamala Harris nas eleições de 2024, enquanto Jair Bolsonaro é próximo de Trump. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China.

Investigação contra Eduardo Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes será o relator da queixa da Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), fiho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar está nos Estados Unidos, licenciado do seu mandato.

O inquérito correrá em sigilo, por determinação do próprio Moraes. Na ação, Paulo Gonet, procurador-geral da República, aponta uma lista de declarações e movimentações públicas que mostram uma possível estratégia de Eduardo Bolsonaro (PL) para constranger a atuação do STF.

De acordo com a jornalista Daniela Lima, em seu blog no portal G1, um integrante do STF, sob condição de anonimato, indicou que a postura adotada por Eduardo Bolsonaro (PL) gerou um clima de ‘solidariedade’ com Alexandre de Moraes, relator do processo do 8 de janeiro.

“Eles não entendem que o que sinalizam é, obtendo uma punição a você pelo exercício do trabalho, sinalizam que amanhã o mesmo pode ser feito contra cada um de nós”, afirmou um dos magistrados.

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